Transmissão Paulista

Transmissão Paulista
Os analistas também dizem que nas próximas semanas, o Uma enguia deve anunciar revisão da RAP/receita do contrato de transmissão 059 da CTEEP (Imagem: Pixabay/Seaq68)

Ó Bradesco BBI rebaixou a recomendação de Transmissão Paulista (TLRP4) de neutro para venda, mas manteve o preço-alvo em R$ 25.

  • Ações de aço com dividendos projetados de 10% é uma das recomendações para quem busca renda extra na bolsa; conhecer de graça

Em relatório publicado nesta segunda-feira (22), os analistas Francisco Navarrete e José Cataldo elencam dois motivos para apoiar o pessimismo:

  1. a provável redução no reembolso da RBSE (Rede Básica do Sistema Existente) pela Aneel — o cenário base implica um VPL menor, equivalente a 8% do valor de mercado da CTEEP, levando a uma potencial reversão pontual e sem efeito caixa ultrapassar R$ 1 bilhão, o que poderá prejudicar resultados financeiros e dividendos;
  2. talvez Eletrobrás (ELET3) estar pronto para anunciar e vender em breve aproximadamente R$ 5,3 bilhões em ações TRPL4, equivalente a 1,1x o free float (excluindo Eletrobras);

Os analistas também dizem que nas próximas semanas, o Uma enguia deverá divulgar a revisão da RAP/receita do contrato de transmissão 059 da CTEEP que será aplicada em julho.

“Essa revisão da RAP/receita provavelmente já está precificada, mas no anúncio achamos que os investidores (principalmente os de varejo) podem ser surpreendidos com uma manchete negativa”, afirmam.

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Aumento da dívida

Para os analistas, a alavancagem aumenta lentamente, mas com os elevados compromissos de investimento, a relação Dívida Líquida/EBITDA da CTEEP deve passar de 2,4x em 2023 para 3,1x em 2024, e ainda mais para 3,7x em 2025 para 4,2x em 2026, o que poderá levar a empresa a reduzir o pagamento ou fazer um follow-on (oferta de ações).

Não bastasse isso, o BBI vê a ação como cara, sendo negociada a uma exigente TIR (taxa interna de retorno) real implícita de aproximadamente 6,1% (apenas 0,1 pp superior ao rendimento real dos títulos de longo prazo do Tesouro Direto).

“TRPL4 tem a segunda maior valorização dentro da nossa cobertura, atrás apenas do TAEE11”, argumenta.

Na opinião dos analistas, a resiliência de seus fluxos de caixa justifica um prêmio, “mas isso também ainda é verdade em nossa estimativa atual de preço justo de R$ 22,5 (desvantagem de 11%), impulsionado por uma taxa de desconto de 7,5% e implica uma meta rendimento de 10% e 9% para 2024 e 2025”.

Bradesco não é o único a desconfiar da Transmissão Paulista

O gestor Guilherme Motta, responsável pela gestão do fundo Studio Long Biased, também não parece muito animado com a tese de algumas elétricas na bolsa, principalmente Taesa (TAEE11), Engenheiro (EGIE3) e Transmissão Paulista.

Juntas, essas empresas são adesivos estampados em carteiras. dividendos de corretores e bancos por rendimentos de dividendos elevados e receitas previsíveis.

Porém, Motta diz que as empresas podem pagar menos do que os investidores esperam. E, justamente por isso, o gestor ‘venceu’ as ações, ou seja, apostou na queda das ações. As falas ocorreram no episódio do podcast Market Makers.

No caso da Transmissão Paulista, Motta vê venda de participação na empresa Eletrobrásque detém mais de 50% das ações preferenciais, na empresa como risco para as ações.

“Achamos que a ação tem muito espaço para cair, mais de 30%. É muito relevante. Isso deve acontecer em algum momento. E achamos que os dividendos serão cortados. A Engie Brasil Também estamos curtos nessa perspectiva de corte de dividendos”, completa.

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