Roberto Campos Neto Independência BC Agenda Banco Central

roberto-campos-neto-independencia-bc juros selic fiscal banco central
Campos Neto disse que o cenário mais provável para o BC só será conhecido na próxima reunião do Copom. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente de Banco Central, Roberto Campos Netovoltou a citar um aumento da incerteza esta segunda-feira, afirmando que isso impede o município de oferecer um “orientação“, uma diretriz futura para a condução da política monetária.

Em evento organizado pela Legend Investimentos, Campos Neto disse que o cenário mais provável para o BC só será conhecido na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nos dias 7 e 8 de maio.

“O que fizemos na semana passada foi dizer que não podemos dar orientação porque temos muita incerteza”, disse ele.

Em declarações em EUA na semana passada, Campos Neto apresentou diferentes cenários para o futuro trabalho do BC e citou uma possível redução no ritmo de cortes na taxa básica de juros tarifassempre colocando como condição a evolução do nível de incerteza, especialmente no ambiente internacional.

“Demos essa gradação exatamente para dar mais transparência daqui para frente no que vamos fazer em termos de política monetária. Não podemos dar orientações porque há muita incerteza”, afirmou esta segunda-feira.

Nos últimos dias, após comentários do próprio Campos Neto e diante dos riscos globais e domésticos, a curva de juros brasileira passou a precificar um corte de apenas 0,25 ponto percentual na taxa básica Selic em maio — e não 0,50 ponto percentual, como havia indicado o BC em suas comunicações mais recentes.

A Selic está atualmente em 10,75% ao ano.

O presidente do BC argumentou que a autoridade está fazendo “o maior esforço possível” para dar maior visibilidade sobre suas ações futuras, o que reduz a volatilidade, considerando que isso não é possível quando a incerteza aumenta muito.

No evento, Campos Neto afirmou mais uma vez que o BC só interfere na intercâmbio quando vê disfuncionalidades no mercado, salientando que o município nunca faz intervenções demasiado pequenas ou demasiado grandes.

Afirmou ainda que o mercado de crédito está forte e saudável no Brasil, com alguma melhora nos indicadores de inadimplência individuais.

Fonte