Não é de hoje que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem recebido críticas do atual governo. Se até ao final do ano passado as coisas pareciam estar resolvidas entre as autoridades, agora a conversa é diferente. Depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro da Economia, Fernando Haddadfoi a vez de Gleici Hoffmann alfinetar o líder do município.
Nas redes sociais, após a decisão do Copom de reduzir os juros em 0,50 ponto percentual, o deputado e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) disse que “mais uma vez o BC Campos Neto pisa no freio da economia”.
Mais uma vez, o BC de Campos Neto pisa no freio da economia, com sua política de redução dos juros aos poucos. País precisa de mais velocidade do BC para crescer
—Gleisi Hoffmann (@gleisi) 20 de março de 2024
Na terça-feira (19), véspera da decisão do Copom, Haddad disse ainda que a autoridade monetária precisa “olhar para as necessidades do país”. Em seu discurso, ele listou as medidas que devem ser tomadas para o desenvolvimento do Brasil e o destaque para o BC não passou despercebido.
Já Lula disse na semana passada que Campos Neto, a quem se refere como “este cidadão”, está contribuindo para o atraso econômico do país. Segundo o presidente, a sociedade brasileira tem expectativas muito altas e que o presidente da autoridade monetária seja “mais rápido”.
“Não há explicação lei da taxa Selic estar em 11,25%. Não há explicação econômica e inflacionária. Não há outra coisa senão a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”, disse, em entrevista ao SBT.
A decisão de ontem, porém, manteve-se dentro do esperado, com redução de 0,50 ponto percentual, à taxa Selic de 10,75%, conforme já precificado pelo mercado. Além disso, o Copom aproveitaram para sinalizar que “prevêem, caso o cenário esperado se confirme, uma redução da mesma magnitude na próxima reunião”.
Isto significa que o Banco Central deverá manter a taxa de cortes de 0,50 p.p. na reunião marcada para maio. Porém, gestores devem avaliar em junho se o corte ficará no mesmo patamar ou se o Copom reduzirá os reajustes para 0,25 p.p.
Confira a agenda do presidente Lula para esta quinta-feira (21)
Tempo | Agendar | Local |
10h | Cerimônia de Lançamento do Plano Juventude Negra Viva | Ginásio Regional de Ceilândia |
4 da tarde | Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Marcio Pochmann | Palácio do Planalto |
18h | Encontro com fruticultores | Residência oficial da Granja do Torto |
Economia
A agenda fica vazia depois da decisão do Copom aqui. No Brasil, o único dado que sai nesta quinta-feira (21) é o fluxo cambial.
Porém, na Europa, vários indicadores estão programados para hoje. Desde a decisão sobre a taxa de juro no Reino Unido, até aos dados do PMI dos Sectores de Serviços, Compostos e Industrial de Fevereiro na Zona Euro.
Confira a agenda econômica desta quinta-feira (21)
Tempo | País | Indicador |
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05:30 | Alemanha | PMI do Setor de Serviços, Compostos e Industrial (fevereiro) |
05:30 | Hong Kong | IPC (fevereiro) |
06h00 | Zona para Euro | Relatório Mensal do BCE |
06h00 | Zona para Euro | PMI do Setor de Serviços, Compostos e Industrial (fevereiro) |
06:30 | Reino Unido | PMI do Setor de Serviços, Compostos e Industrial (fevereiro) |
09h00 | Reino Unido | Decisão sobre taxa de juros (março) |
09h00 | Reino Unido | Atas da reunião do MPC |
09:30 | EUA | Solicitações de seguro-desemprego (semanal) |
10h45 | EUA | PMI do Setor de Serviços, Compostos e Industrial (fevereiro) |
11h00 | EUA | Vendas de casas usadas (fevereiro) |
14h30 | Brasil | Fluxo Cambial |
16h00 | Argentina | Vendas no Varejo |
20h30 | Japão | IPC (fevereiro) |