SC Braga começou com fato de gala, mas acabou com fato-macaco

Minhotos voltam a empatar, desta vez sem o recurso dos penáltis; ‘Lanterna vermelha’ agarrou-se ao pouco que tem: bolas paradas

SC Braga começou com fato de gala, mas acabou com fato-macaco

O encontro entre bracarenses e flavienses encerra a 19.ª jornada da Liga, com início marcado para as 20.45 horas, na Pedreira

O SC Braga atrasou-se ainda mais na corrida a um lugar de Liga dos Campeões, voltando a perder pontos, desta vez diante do último classificado. Quatro dias depois de conquistar a Taça da Ligano desempate por penáltis frente ao Estoril após o 1-1 no final dos 90 minutos, os minhotos voltaram a fazer o mesmo resultado, mas agora com um claro sabor amargo face à obrigação de vencer.

Num confronto que opunha o segundo melhor ataque da prova (42 golos) contra a pior defesa (44), desde cedo os anfitriões tentaram materializar o favoritismo óbvio diante do último classificado da Liga, que apenas ganhou um dos últimos 12 jogos. Mas o desequilíbrio de forças notou-se apenas no capítulo da posse de bola, porque no mais foi um enorme vazio de ideias dos bracarenses, ora pelo cansaço (só quatro peças mudaram relativamente à final de Leiria), ora por manifesta falta de criatividade.

Renda foi incapaz de gerar volume de jogo, Djaló andou demasiado escondido atrás das densas linhas defensivas do Chaves, Ricardo Horta só esporadicamente apareceu, Abel Ruiz raramente descia em apoios. Apenas Zalazar se mantinha fiel a si mesmo, o que era insuficiente para desmontar o 5x4x1 montado por Moreno, de tração traseira e sem capacidade de desdobramento ofensivo.

À exceção de um remate de Ricardo Horta aos 22’, na zona do penálti, para boa intervenção de Hugo Sousa, os primeiros 45 minutos foram uma perda de tempo: uma equipa que só defendeu e outra que não soube atacar.

Sem plano B

Tendo a obrigação de fazer muito mais, o SC Braga entrou na segunda parte ligeiramente melhor. Não muito, mas o suficiente para ir somando lances de perigo, chegando ao golo (52’) na primeira vez que Borja subiu pelo corredor, terminando num cruzamento para Abel Ruiz rematar, Hugo Sousa defender e Zalazar fazer a recarga, um dos cinco jogadores bracarenses que estavam na área.

O Chaves respondeu da única forma que sabe ou pode: de bola parada. Steven Vitória chegou mais alto que Borja (64’) e fez o empate de canto. A partir daí, a carga dramática foi aumentando, mas não a qualidade. O jogo passou a desenrolar-se na área dos visitantes para um pequeno festival de Hugo Sousa e desespero dos bracarenses, que desta vez não tiveram nos penáltis o seu plano B.

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