A base operacional dos bombeiros continua montada. Depois de ocupar por 27 dias a igreja e o campo de futebol do Córrego do Feijão, bairro rural encostado na mina, os bombeiros ganharam uma segunda base, a Bravo, e estão lá até hoje. Ela está instalada em um clube da Ferteco, antiga vila de funcionários da mineradora, a 200 metros de onde ficava a portaria da mina.
A área foi transformada em um canteiro de obras. Segundo a Vale, são obras de reparação, com barreiras e dique para contenção do avanço do rejeito, recuperação do leito do córrego Ferro-Carvão e tratamento da água — o leito do córrego foi tomado pela lama — e restauração da vegetação. Houve uma perda de 140 hectares de floresta nativa.
A zona quente — como os bombeiros chamam a área de buscas — está cercada e ninguém entra sem autorização. Nos primeiros dias após a tragédia, em que não se tinha policiamento suficiente ao redor da área para impedir o acesso, muita gente se arriscou na lama em busca de parentes e amigos. Hoje, o controle é total da Vale e só pessoas autorizadas, com equipamento de segurança, crachá com geolocalização e acompanhamento de batedores, podem entrar.
Como funcionam as estações de busca
A estação de busca é composta, basicamente, de um equipamento de mineração adaptado para a operação. O rejeito retirado da zona quente é levado em caminhões até a estação, colocado em esteiras que separam o material mais espesso (acima de 5 cm) do mais fino e vistoriado por um bombeiro. O tamanho foi definido juntamente com especialistas da Polícia Civil de Minas Gerais, afirma o Corpo de Bombeiros.