La Niña em 2024? Como o fenômeno pode impactar o clima de SC

Verão influenciado por El Niño deve ser escaldante (Foto: Lucas Amorelli, Diário Catarinense)

Ainda é cedo para prever a formação — ou não — da La Niña, “irmã” do El Niño, fenômeno que ainda afeta o clima em Santa Catarina. Mesmo assim, alguns modelos meteorológicos indicam o começo de uma neutralidade nas temperaturas do Pacífico Equatorial, e um resfriamento nas águas (que poderia indicar a formação da La Niña), mas isso apenas no segundo semestre deste ano.

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Uma das características mais fortes do El Niño é a chuva acima da média, o que causou seguidas enchentes e estragos no Estado. É que ele atua com mais intensidade na primavera, justamente o período em que as chuvas vieram com mais força em Santa Catarina. Em janeiro e fevereiro, a expectativa é que o El Niño se “acalme” no que diz respeito às precipitações, mas continue influenciando em temperaturas mais altas.

Os primeiros meses do ano devem ter chuva próxima da média meteorológica, ou seja, mais perto do que já se espera para este período. Segundo a meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima, em março a precipitação deve voltar a subir e ficar acima da média, além de mais irregular e pontual — as famosas trovoadas de verão.

De calor intenso a “adeus” ao El Niño: o que esperar do clima de SC em 2024

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Além disso, em março é quando as temperaturas, até lá bem altas, devem começar a amenizar, reflexo da atuação de massas de ar mais frio. É a partir daí que os termômetros começam a refletir uma das características do outono: amplitude térmica. Ou seja: aqueles dias em que amanhece mais fresco, mas, ao longo do dia, vai ficando mais calor.

O El Niño atinge um pico em janeiro. Segundo o Centro de Previsão do Clima (Centro de Previsão Climática) dos Estados Unidos, no último trimestre a anomalia chegou ao máximo do ano: a temperatura da superfície do Pacífico Equatorial ficou 1,9°C mais quente que o comum.

A tendência, conforme explica Lima, é que ele se encaminhe para a neutralidade, resfriando aos poucos. Para definir a atuação da La Niña, no entanto, é preciso que uma anomalia negativa (ou seja, que a variação seja de -0,5°C ou menos) seja observada por, pelo menos, cinco trimestres seguidos.

Se vier, a possibilidade é de que a La Niña só chegue por volta de outubro deste ano, quando o El Niño está previsto para acabar. Conforme o Centro de Previsão do Clima, o último trimestre de atuação deste fenômeno (o El Niño) foi entre os meses de dezembro de 2022 e janeiro e fevereiro de 2023, quando a anomalia foi de -0,7°C.

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El Niño forte segue atuando no verão

O verão ainda segue com atuação do El Niño, e o fenômeno é considerado forte. A previsão é para chuvas rápidas, geralmente à tarde e à noite, com média entre 150 e 250 milímetros, ainda dentro da média histórica desta época do ano.

Já as temperaturas seguem acima da média. As massas de ar quente atuam com maior frequência e duração, com dias consecutivos de temperatura alta, inclusive à noite. Ondas de calor podem passar pelo Estado.

Infográfico mostra como atuam os fenômenos climáticos:

Confira outros infográficos sem NSC total.

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