Força de preensão: por que sua mão é fundamental para saber se você está saudável e como exercitá-la

Nesta época do século, ter o tablet, o ‘tanquinho’, a tábua de lavar, etc. é um dos símbolos de status mais desejados por homens e mulheres. A dificuldade de o conseguir é o que lhe dá o mérito e as lendas que o rodeiam, bem como todos os truques, pseudo-truques, dietas, dispositivos e rotinas que se geraram em torno dele.

Além disso, há toda uma indústria em torno desses abdominais dos sonhos. Entre os negócios milionários que foram criados em torno do ‘six pack’, um dos elementos mais antigos que conta com o aval de especialistas é a chamada roda abdominal ou ‘roda abdominal’ ou ‘rolo abdominal’. Este aparelho simples e barato – existem modelos por menos de dez euros – pode ser visto em quase todos os ginásios, mas outra coisa é saber tirar o máximo partido dele.

A roda abdominal não poderia ser mais simples: uma alça inserida em uma roda. Não há mais. A forma de utilizá-lo também é simples, mas exige uma série de cuidados para evitar lesões. Para realizar o exercício básico é necessário ajoelhar-se, segurar o volante com as mãos, logo abaixo dos ombros, retrair a pélvis e cair para a frente. Este movimento deve ser realizado com o ‘core’ sob tensão – numa posição idêntica ao ‘crunch’ ou contração abdominal. O corpo avança e, após atingir a posição estendida, retorna à posição inicial com a força do tronco. Se os braços estiverem muito estendidos, os ombros suportarão parte da carga e se a parte central do corpo ceder, a coluna lombar poderá sofrer muito.


A sua grande vantagem é que ativa o abdómen, os oblíquos e os eretores da espinha, mas também os dorsais, glúteos e deltóides. Praticado com rigor, consome mais calorias que o exercício abdominal clássico, mas também reduz o risco de lesões nas costas.

O especialista em ‘fitness’ Marcos Vázquez, por exemplo, recomenda que os novatos comecem a fazer o exercício em frente a uma parede, para que haja uma parada e o corpo não se alongue ao máximo, o que pode causar uma lesão no caso. de alguém caindo de cara no chão. Além disso, considera que é necessária uma preparação básica antes de começar a realizar este exercício. Como sabemos se podemos usar a roda? O especialista ressalta que se conseguirmos fazer uma prancha por 45 segundos ou entre 10 e 15 flexões não teremos problemas.

Condição física

Todos os especialistas enfatizam que é muito importante usar a roda com os abdominais tensos durante todo o trajeto para evitar lesões na região lombar. Atletas de nível superior podem fazê-lo usando os pés em vez dos joelhos, um desafio que exige um ótimo condicionamento físico.

Versão da roda abdominal da década de 1930.

Versão da roda abdominal da década de 1930.

Conor Heffernan

Para quem acredita que a moda dos tablets é algo recente, um fato importante: esse aparelho já existia na década de 1930. Naquela época, a ideia de ter abdominais para ralar queijo também fazia parte dos padrões estéticos. dominante. Conor Heffernan especialista em história do fitness pela Universidade de Ulster, investigou a história deste dispositivo. Os primeiros objetos utilizados para um exercício semelhante foram colocados nos pés e forçaram todo o corpo a realizar um movimento de encolhimento. A grande explosão da roda abdominal só ocorreu na década de 60, quando o culto ao corpo começou a se espalhar pelo mundo graças ao cinema juvenil de Hollywood. Naqueles anos, a empresa Baruch comercializou o primeiro dispositivo deste tipo sob o nome ‘Reduce-A-Wheel’. A publicidade o promoveu como um dispositivo desenvolvido por especialistas em “ciências da saúde”. Segundo seus criadores, o aparelho ajudou a reduzir o estômago e a alcançar “saúde e felicidade” com apenas um minuto e meio de trabalho, cinco minutos por dia.

A roda abdominal foi desenvolvida na década de 50.

A roda abdominal foi desenvolvida na década de 50.

Conor Heffernan

Na década de 90 ocorreu a grande explosão deste aparelho. A empresa ‘Ab Roller’ ganhou US$ 100 milhões com sua venda somente em 1996. A partir da virada do século, a tecnologia foi incluída nesses aparelhos. Assim, foram criadas rodas abdominais com contadores de repetições digitais ou modelos com áreas acolchoadas para colocar os antebraços e pinças para segurar o celular para ver a tela enquanto realiza o exercício. Estas melhorias fizeram com que o preço se multiplicasse por seis e chegasse a sessenta euros em alguns casos.

Em qualquer caso, é um exercício simples, mas requer um bom controle corporal para ativar os abdominais. É mais um passo rumo ao sonhado ‘six pack’ mas o caminho, como sublinham todos os especialistas, está mais na cozinha e na dieta do que na roda mágica.

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