investimentos em shoppings xp (1)

investimentos em shoppings xp (1)
XP Investimentos projeta maiores taxas de ocupação e crescimento robusto na receita de estacionamento de shoppings (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

A XP Investimentos divulgou esta semana, por meio de relatório produzido por Ygor Altero e Ruan Argenton, sua prévia dos resultados do Shopping e propriedades logísticas, incluindo Iguatemi (IGTI3), Multiplano (MULT3), Todos (ALOS3) e Log Comercial (LOGG3).

Para shoppings, a XP espera:

  1. taxas de ocupação em níveis mais fortes (+73 pontos base), impulsionando o crescimento da receita de aluguel, compensado pela dinâmica negativa do IGP-M e IGP-DI;
  2. crescimento robusto da receita de estacionamento (+11%), impulsionado por sólidas perspectivas de fluxo de veículos e taxas de estacionamento; Isso é
  3. expansão positiva no fluxo de caixa operacional (+18%), impulsionada pela redução das despesas financeiras.

Quanto aos imóveis logísticos, a corretora espera entregas sólidas e uma taxa de ocupação robusta, embora ainda veja a rentabilidade sob pressão.

A XP espera que Iguatemi seja o destaque da temporada, mantendo a preferência pelo nome (preço alvo de R$ 32,50), seguido pela Multiplan (alvo de R$ 35).

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A visão da XP para shopping centers no 1T24

Iguatemi (IGTI11)

Operacionalmente, a XP espera um quarto de sólido desempenho de vendas dos varejistas. O número deve ser impulsionado por um ótimo início no início de 2024, com crescimento anual de vendas de 9% e 11% em janeiro e fevereiro, respectivamente.

Além disso, os analistas estimam um aumento razoável na receita de aluguel (+3,4%), prejudicado pelo efeito do reajuste do IGP-M, embora esperem uma expansão sólida de 94% na taxa de ocupação (+130 pontos base).

Além disso, estimam que as receitas de estacionamento aumentem solidamente (+15,1%), dada a dinâmica positiva do fluxo de veículos, que cresceu 7% em fevereiro.

Com isso, os analistas projetam receita líquida de R$ 296 milhões e EBITDA de R$ 227 milhões (+14%), ajudado pela manutenção do segmento de varejo empatar. Eles também esperam um fluxo de caixa operacional (FFO) mais forte, de R$ 151 milhões (+36%), ajudado por despesas financeiras mais suaves.

“Para a Iguatemi, esperamos que a empresa continue atuando no empatar no segmento de varejo, o que poderá potencialmente levar a uma forte expansão do EBITDA ano a ano (esperamos crescimento de +14% no 1T24)”, afirmam.

Multiplano (MULT3)

A XP espera um sólido desempenho de vendas dos lojistas no trimestre, ajudado pelo aumento de 8,9% nas vendas em janeiro, juntamente com uma expansão de 95,9% na taxa de ocupação (+120 pontos base).

Eles acreditam que esta combinação poderia sustentar um crescimento razoável da receita de aluguel (4,2%), compensado pela dinâmica negativa do IGP-DI.

Além disso, esperam que a receita com vendas de imóveis continue ganhando relevância no trimestre, ajudada pelo aumento no percentual de conclusão do empreendimento Golden Lake. Com isso, a receita líquida deverá aumentar, atingindo R$ 499 milhões (+6%).

Fora isso, projetam que o Ebitda permanecerá em patamares saudáveis ​​de R$ 364 milhões (+2%), apesar de verem uma margem Ebitda inferior de 72,9% (-3 pontos percentuais), dada a maior relevância do plano de incentivos de longo prazo investimento e venda de imóveis. Por fim, estimam um FFO de R$ 276 milhões (+6%), beneficiado de R$ 90 milhões em distribuição de juros sobre capital próprio.

Todos (ALOS3)

A corretora espera que a Allos apresente desempenho positivo de vendas para lojistas, com crescimento de um dígito no trimestre.

Além disso, esperam que o sólido nível de contratos assinados no último trimestre de 2023 (261 contratos) suporte uma taxa de ocupação mais elevada de 96,5%.

Com isso, apesar da menor área bruta locável (ABL), estimam uma receita líquida estável em R$ 621 milhões (+2%). Além disso, esperam que o Ebitda atinja R$ 449 milhões (+1%), resultando em uma margem Ebitda ligeiramente inferior de 72,2% (-0,8 pp).

Porém, analistas observam que a empresa concentrou a provisão para remuneração variável entre outubro e dezembro do ano passado, resultando em menores despesas gerais e administrativas (G&A) no trimestre. “Se ajustarmos os números do 1T23 para esse efeito, veremos uma margem EBITDA A/A estável no 1T24”, afirmam.

A XP projeta aumento do FFO para R$ 265 milhões (+12%), sustentado por menores despesas financeiras, explicadas por uma sólida gestão de passivos e um cenário de taxas de juros mais baixas.

“Quanto à Allos, esperamos que o ritmo sólido de contratos assinados no 4T23 (+261 contratos assinados) apoie o crescimento da taxa de ocupação T/T (vemos uma expansão trimestral de 20 pontos base), apesar da sazonalidade do 1T ”, comentam.

Log Comercial (LOGG3)

Operacionalmente, a XP espera que a LOG continue no caminho certo em seu plano de expansão de ABL, com estimativas de 50 mil entregues no trimestre.

Além disso, esperam que a taxa de ocupação permaneça num forte nível de 98%, apesar do aumento das entregas no trimestre. As entregas deverão ser impulsionadas por uma combinação de um forte ritmo de absorção e uma elevada taxa de pré-locação de novos ativos.

Com isso, esperam que a receita líquida atinja R$ 54 milhões (-20%). Analistas apontam comparações difíceis devido aos menores níveis de ABL, dado o forte ritmo de vendas de ativos da LOG ao longo de 2023.

Por fim, a XP projeta que a margem Ebitda somará 71,3% (-7,7 pp), explicada pela diluição de vendas e despesas (SG&A). Por fim, esperam que o FFO atinja R$ 11 milhões (-64%), levando a uma margem FFO mais suave de 20,8% (-25,7 pp), afetada por menores impostos diferidos.

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