selic fiagros

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CEO da TerraMagna destaca que Fiagros pode ter perdido o ‘ímpeto’, mas ainda vê crescimento; produtos da empresa rendem com Selic (Foto: Pixabay)

A Terra Magnauma das principais fintechs agrícolas da América Latina, continua aumentando sua oferta de Fiagros (Fundo de Investimento em Cadeias Produtivas Agroindustriais), num ano em que pretende conceder mais de R$ 2 bilhões em crédito.

Fiagro FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) TerraMagna, principal fundo multimercado da empresa com patrimônio de R$ 625 milhões, teve sua cota subordinada em 58% em 2023. No primeiro bimestre de 2024, houve rentabilidade acumulada de 15%.

Além disso, a fintech lançou recentemente o Exclusivo Fiagro AgroGaláxia (AGXY3) e o Fiagro Exclusivo Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), que visa apoiar as necessidades de capital de giro das empresas.

Enquanto o fundo da AgroGalaxy tem valor atual de R$ 500 milhões, o fundo da Andav busca chegar a R$ 200 milhões em 18 meses.

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A hora de avisar sobre Fiagros

Bernardo Fabiani, CEO e cofundador da TerraMagna, comenta que os investidores estão mais alertas não com o instrumento em si, mas com a situação atual do agronegócio.

“Vimos uma fase de euforia no mercado em 2021 e bastante forte em 2022. No ano passado, vimos o ‘mercado voltar à realidade’, sendo 2024 uma continuação deste cenário. Os investidores ficaram muito mais criteriosos no que alocar e a gestão ativa passou a ser muito mais valorizada, sendo a gestão passiva contestada no setor”, explica.

Com o encerramento da safra 2023/2024, previsto para maio, Fabiani vê uma boa oportunidade para investidores institucionais. “Vemos um momento de atenção aos recursos, mas longe de ser uma ameaça, tanto que ainda estamos alocando recursos e conseguindo captar recursos”, pontua.

“É um mercado tão bom como era em 2022? Não. Vivemos um momento de correção de mercado, algo que aconteceu com os Fundos Imobiliários (FIIs). Costumo dizer que o mercado foi gentil, porque doeu, mas não matou, dando aos investidores a chance de aprender com o erro. O mercado de fiagros pode ter perdido o ‘ímpeto’, mas não perdeu o crescimento positivo, devemos ver novos fundos em 2024”, acrescenta.

‘O pior já passou’ e os ganhos com a Selic

Para os investidores da Fiagros, que não foram tão impactados pelo ciclo de baixa, Fabiani vê o momento de reversão como uma oportunidade de avanço.

“Vários investidores institucionais veem que o pior já passou, e começamos a ver recuperação nos fundos, nas ações de algumas empresas e maior apetite dos investidores. Fora isso, temos uma pressão muito forte do lado da oferta, com a mudança nas regras dos fundos, tornando vários produtos isentos de Imposto de Renda”, avalia.

O CEO da TerraMagna destaca que os recursos da empresa possuem alocações em ativos diretos e não alocações em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

“Na prática, nossa lucratividade flutua junto com Selic. O spread dos nossos recursos aumenta com a compressão da Selic. Portanto, a redução da taxa básica de juros é boa para o produto correto”, afirma.

Vale ressaltar que a maioria das carteiras do Fiagros é indexada ao CDI+ e, com isso, a queda nas taxas de juros tende a reduzir marginalmente o retorno dos fundos.

Por fim, o desempenho da carteira de crédito da TerraMagna é manter os índices históricos de inadimplência (atrasos > 90 dias) em 0%, único fundo do mercado com essa evolução, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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