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O gabinete do presidente do Conselho de Ministros da Peru, Gustavo Adrianzén, obteve o voto de investidura ou voto de confiança do Congresso, graças ao apoio de 70 parlamentares. Os votos contra totalizaram 38 e as abstenções chegaram a 17.

A maioria dos votos a favor veio do chamado bloco de direita, formado pela Força Popular, partido de Keiko Fujimori, e outros, como a Aliança para o Progresso.

No bloco de esquerda, o Peru Libre, partido que proclamou o ex-presidente Pedro Castillo e Dina Boluarte como vice-presidente, votou contra.

Em janeiro de 2022, Boluarte foi expulso do partido, segundo comunicado divulgado na época, por “afetar” e “quebrar” a unidade partidária.

A instalação do gabinete se expressa através do voto de confiança aprovado pelo Congresso após a apresentação das diretrizes políticas gerais do governo, que, segundo Adrianzén, serão economia e segurança.

Adrianzén disse, perante o plenário do Congresso, que garantirá que as ações governamentais sejam realizadas com a máxima transparência.

Esta votação ocorre no meio da chamada crise Rolex.

No mês passado, o Ministério Público abriu uma investigação aos alegados crimes de enriquecimento ilícito e não declaração de bens “devido à utilização de relógios da marca Rolex” pela Presidente Dina Boluarte.

Nesta terça-feira (2), o Ministério Público ampliou a investigação sobre Boluarte, para incluir um suposto aumento de patrimônio do governo no prazo de dois anos, e a posse de uma joia da marca Cartier.

A expectativa é que Boluarte, que tem insistido que seu patrimônio é produto de seu trabalho, entregue seu depoimento ao Ministério Público na sexta-feira (5).

Enquanto isso, o Peru Libre apresentou pedido de impeachment contra o presidente no Congresso no sábado (30); O próximo passo é votar a sua eventual admissão para debate no plenário.

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