logo depois Rio Sestão emitiu comunicado esta terça-feira em que o clube basco apresenta a sua versão dos cantos racistas denunciados pelo guarda-redes do Rayo Majadahonda, Cheikh Sarr, o El Partidazo do COPE contou com o depoimento de Rafa Guadix, chefe da Segurança do Sestao.
De acordo com o terceiro ponto do referido comunicado, Rio Sestão assegura que “Em nenhum momento do jogo de futebol houve cantos racistas contra algum dos protagonistas: a prova é que a acta do jogo, tanto do árbitro como do Ertzaintza, não reflecte nada a este respeito, nem através de imagens televisivas.“.
Rafa Guadix explicou: “Tanto quanto sabemos, nunca ouvimos quaisquer cantos racistas ou xenófobos. A nuance é importante, concordo, mas esclareço: até onde sabemos, não houve“.
Na verdade, ele entende que Cheikh Sarr pulou a cerca e se dirigiu ao espectador “porque fizeram falta nele e lhe disseram o que quer que seja”, mas dentro da investigação que o clube fez perguntando a torcedores e sócios que estavam perto de onde quando o ocorreu o incidente, “nem eles nem os que estavam por perto dizem que ouviram alguma coisa do que foi dito”, embora reconheçam que gritaram com ele, em determinado momento do jogo, “agora que você está perdendo, com certeza vai correr.”
O sócio, identificado, também apresentou denúncia
O Sestao River identificou cabalmente quem mantém o confronto com o guarda-redes do Rayo Majadahonda. Trata-se de um sócio, que também se dirigiu à Polícia em duas ocasiões para prestar queixa.
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“Por iniciativa própria“, explica Guadix, “Ele foi fazer a reclamação antes que o porteiro fizesse a sua, mas lá lhe explicaram o procedimento, avisaram que ele tinha que fazer um boletim de ocorrência e ele deixou. Mas depois que Cheickh fez o que queria e o Ertzaintza o notificou, ele reconsiderou, foi ao hospital, pegou um relatório de ferimentos devido a arranhões no pescoço e o apresentou. E no dia seguinte voltou porque estava com desconforto cervical, e ampliou a queixa.“.
De qualquer forma, este torcedor não pode ser expulso pelo clube, pois não há sentenças contra ele: “Este fã será um ‘suposto’ tanto faz. Com os elementos que temos, não podemos aplicar os nossos regulamentos porque não temos argumentos para negar a entrada.“.
?? Rafa Guadix, chefe de segurança do @SestaoRCgarante no @partidazocope o que:
?? O torcedor apresentou dois relatos de lesões no Ertzaintza: o primeiro com escoriações no pescoço e o segundo com suposto desconforto cervical.
?? #PartidazoCOPEpic.twitter.com/rMIcgaFtDH
— El Partidazo de COPE (@partidazocope) 2 de abril de 2024
O que Cheikh Sarr disse no El Partidazo do COPE
O goleiro do Rayo Majadahonda, um dia antes, ele disse a Juanma Castaño no El Partidazo do COPE que ouviu gritos racistas atrás do gol onde foi enfrentar o torcedor em questão.
“Ele está me insultando, está me contando tudo, ele me diz ‘preto de merda, negro de merda’, coisas assim. Naquele momento não aguentei, eles tinham feito um gol e eu fui em frente. Não estou fazendo isso para atacá-lo, só queria perguntar por que ele me disse isso, se ele não tem família ou não tem filhas.“, disse o jogador.
Guadix não questiona o depoimento de Cheikh Sarr, mas reconhece que, para lidar com este tipo de questão, existem dois aspectos: “Uma coisa é a verdade judicial, que será produzida quando vier, e outra coisa é a verdade real, que só os interessados saberão. A verdade judicial deve ser apoiada por documentos, mas a outra verdade, de que estamos a falar, é outra coisa e muitas vezes permanecerá no julgamento mediático.“, concluiu.