A Vale (VALE3) acertou com o Cemig (CMIG4) um contrato para comprar uma participação de 45% na Cemig GT já Energia da Aliançaconforme fato relevante divulgado nesta quarta-feira (27).
Como parceira do projeto e considerando que a Vale utiliza atualmente a maior parte da energia gerada pela Aliança Energia, a mineradora optou por exercer seu direito preferencial de aquisição.
A operação está avaliada em R$ 2,7 bilhões. Após a conclusão, que está sujeita às condições precedentes usuais, incluindo a anuência dos órgãos competentes, a Vale deterá 100% do capital do ativo e passará a buscar potenciais parceiros para a plataforma, “mantendo seu compromisso com a descarbonização de suas operações a partir de fontes renováveis fontes e com custos competitivos”.
“O volume de geração da Aliança Energia é estratégico para manter a matriz energética da Vale baseada em fontes renováveis no Brasil”, reforçou a mineradora.
Segundo a Cemig, os dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação serão deduzidos do valor da operação (atualizado pelo CDI).
Adicionalmente, a Cemig GT terá direito a um valor adicional, correspondente a 45% dos valores de indenização futura que vierem a ser recebidos pela Aliança, referente às perdas decorrentes do evento relacionado ao rompimento da barragem de rejeitos de Fundão (desastre de Mariana ) envolvendo a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), cujo valor de referência para fins do contrato é de R$ 223 milhões, também atualizado pelo CDI.
A Aliança é composta por sete usinas hidrelétricas no estado de Minas Gerais, dois complexos eólicos em operação no estado do Rio Grande do Norte e um complexo eólico em fase final de implantação no estado do Ceará. Juntos, esses ativos alcançam 1.438 MW de capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física.