Vicente é um jovem de trinta e poucos anos que vive na Suíça e que, com vista ao regresso ao seu país, Espanha, decidiu comprar uma casa e contrair uma hipoteca.
O que ele não esperava era a surpresa que teria ao abordar a instituição financeira para assiná-lo, como disse ao La Linterna. Angel Exposto. Tudo isto através de um programa especial COPE no qual dedicou mais de 12 horas à complexa situação habitacional do nosso país.
E há muitos jovens que, com esta situação, veem cada vez menos viável a possibilidade de adquirir casa. Em Valênciaonde Ángel Expósito frequentou, apenas uma em cada cem pessoas com menos de 30 anos comprou casa em 2022. As perspectivas continuam muito complicadas e ainda mais agora que as taxas continuam a subir.
É precisamente este aumento de interesse que está a dificultar muito a situação de Víctor.. Ela tem 34 anos e há quatro decidiu procurar uma vida no exterior, na Suíça.
Em fevereiro de 2021, residente na Suíça, decidiu comprar uma nova casa em Valência com a intenção de aí viver em janeiro deste mesmo ano. Na altura ofereceram-lhe uma hipoteca com taxa de juro variável de 0,98%, mas na hora de assinar a financeira percebeu algo, como ela explicou no COPE José Ramón Blay administrador imobiliário em Valência e responsável pela gestão do caso.
A mudança na hipoteca de Victor para assinar
“Depois de dois anos e meio na Suíça, finalmente pensei onde poderia investir as minhas poupanças e pensámos que uma das melhores opções era comprar uma casa, porque o preço da casa era bom e sempre quis voltar para a Espanha”, explicou o próprio Victor no COPE.
Porém, depois de pedir inúmeras garantias para devolver hipoteca Dos 180 mil euros quando tinha folha de pagamento e capital mais que suficiente, passou a ter que fechar uma taxa de juro fixa de 3,25%: perceberam que ele vivia na Suíça.
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“Ele se compromete inicialmente, entrega alguns valores em conta até chegar a hora da hipoteca. Oferecem-lhe uma taxa variável e quando chega o momento da assinatura, o diretor da instituição financeira diz-lhe que, como não é residente em Espanha, tem que alterar as condições com um aumento substancial da taxa de juro”, explica José Ramón Blay, gerente de caso de Victor.
E estamos a falar de cerca de 400 euros a mais por mês. Um custo extra que Víctor está claramente a considerar não assumir:
“O problema é que o custo extra de 300 euros que temos fez-nos pensar se vale a pena vender o apartamento em vez de pagar o custo extra”, explica Víctor. Porém, o próprio José Ramón é o primeiro a recomendar no COPE não vender nestes casos.
O drama de Vicente em Aldaya
Mas, por outro lado, há o caso de Vicente: tem 2 filhos, vive num apartamento na capital valenciana com a família, a hipoteca está em nome da mulher e também possui uma casa em Aldayaque é alugado e o que recebe do aluguel é usado para pagar a hipoteca.
Mas Na última revisão, aumentaram a sua hipoteca em 120 euros por mês, mas por lei ele só pode aumentar a renda do seu inquilino em 2%.
“Em apenas alguns meses, passamos de uma situação difícil para uma situação em águas profundas. Pagava cerca de 430 euros de renda e com juros a 0,8 e agora passei para mais 120 euros e juros a 3%”, explica a Ángel Expósito em La Linterna.
“Cobrei 560 euros de renda, não aumentei durante 5 anos e agora tive que aumentar para 600 euros.” Mas como conseguiram colmatar esta diferença orçamental na casa do Vicente? “A verdade é que reduzimos as vendas, olhando o cêntimo na hora de comprar e com a sorte que temos de ter trabalho”, conclui.