A construtora é constituída Cury (CURY3) acaba de divulgar os resultados financeiros da quarto trimestre e o consolidado de 2023 apresentando crescimento e números recordes, como lucro, receita e geração de caixa (leia aqui).
Diante disso, o investidor quer saber como esse rendimento será distribuído aos acionistas. Segundo a empresa, com os recordes do ano passado, os valores de dividendos tendem a ser maiores este ano.
A gerente de relações com investidores da Cury, Nádia Santos, comenta que foram distribuídos R$ 328 milhões no ano passado, praticamente o valor total do lucro de 2022, de R$ 330 milhões.
“Não damos orientação (de dividendos), mas nossa intenção é continuar com essa essência. Lance e venda bem, gere caixa e lucro. Em seguida, distribua a receita aos investidores. A ideia é manter esse ciclo”, comenta em entrevista ao Tempos de dinheiro.
Cury começa o ano com o pé direito
Os números do primeiro bimestre de 2024, de dez lançamentos, dão uma indicação do ano de operação do Cury.
O vice-presidente comercial da empresa, Leonardo Mesquita, afirma que, com base nos resultados de janeiro e fevereiro, o primeiro trimestre de companhia de construção e desenvolvedor do segmento econômico deverá apresentar forte número de lançamentos.
“A ideia é começar o ano ousado e depois, ao longo do ano, calibrarmos a operação. Este é um momento em que temos a oportunidade de começar bem o ano. Além disso, tentar manter esse crescimento”, comenta.
Mesquita destaca que parte desse movimento é efeito de mudanças no programa habitacional Minha casa, minha vida (MCMV), anunciada em meados do ano passado, e que deverá ser “sentida com mais força” este ano.
Com isso, ele diz que o “momento de vendas é interessante” após os ajustes no programa, principalmente no valor do teto de financiamento para propriedades.
O executivo acrescenta que as mudanças nos planos diretores das cidades de São Paulo É de Rio de Janeiroonde Cury atua foram fatores relevantes para a empresa e devem impactar os resultados no médio prazo.
Diante disso, a palavra de ordem da empresa em 2024, segundo Mesquita, é eficiência.
“É o nosso mantra aqui. Este ano, o desafio é manter essa eficiência na operação e manter o crescimento. Estamos nos preparando para continuar crescendo”, destaca.
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Foco em melhorar as margens
Apesar dos números positivos, com uma sucessão de recordes, Santos considera que há um número que a empresa construção vê oportunidades de melhoria este ano.
“Um dos números que estamos sempre atentos e perseguindo é a margem e vemos oportunidade de melhoria em 2024. Viemos de anos com inflação mais forte e estamos entregando safras (de resultados) ainda muito prejudicadas porque disso”, avalia.