Jeane Tsutsui, CEO do Grupo Fleury (Divulgação)

Jeane Tsutsui, CEO do Grupo Fleury (Divulgação)
A presidente do Fleury, Jeane Tsutsui, explicou que o desempenho nos últimos meses de 2023 reflete sazonalidade típica do quarto trimestre, por conta de feriados (Divulgação)

Ó Fleury (FLRY3) teve lucro líquido de 81,3 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo grupo de medicina diagnóstica, um salto de 162,6% em relação ao mesmo período de 2022, em meio ao forte crescimento da receita na esteira de capturando os resultados do Instituto Hermes Pardini.

De outubro a dezembro, a receita líquida totalizou 1,7 bilhão de reais, um aumento de 52,9% ano a ano. No “pro forma”, não auditado e que leva em conta o patrimônio de Pardini, que começou a aparecer nas demonstrações da empresa em maio de 2023, a receita cresceu 4,9% – uma desaceleração em relação ao aumento de 11,8% do ano anterior. terceiro trimestre.

A presidente do Fleury, Jeane Tsutsui, explicou que o desempenho nos últimos meses de 2023 reflete sazonalidade típica do quarto trimestre, por conta de feriados. “Mas ainda é um resultado muito saudável”, destacou à Reuters, destacando o crescimento em todas as marcas do grupo, que detém a rede de marcas homônimas e outras marcas como a+.

Em bases “pro forma”, a receita bruta das unidades de serviços apresentou expansão de 4,6%, com a marca Fleury registrando aumento de 4,6%, as demais marcas SP crescendo 10,3%, e as marcas Minas Gerais aumentando 6,3%, Rio de Janeiro. As marcas janeiro apresentam um aumento de 1,7% e as marcas regionais apresentam um aumento de 0,5%.

O resultado também mostrou que houve aumento “pro forma” de 10,9% no serviço móvel, representando 7,1% da receita, enquanto os “novos links” tiveram expansão orgânica de 12%, com destaque para infusões e ortopedia.

O executivo chamou a atenção para o desempenho operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que cresceu 61,7%, para 375,8 milhões de reais em bases contábeis, com a margem ultrapassando 20,9% a 22,1%, o que mostra a “diligência com custos e despesas” do grupo. Numa base “pro forma”, o Ebitda aumentou 10,6%.

As projeções compiladas pela LSEG apontavam lucro líquido de 89,13 milhões de reais no quarto trimestre, EBITDA de 392,39 milhões de reais e receita de 1,763 bilhão de reais.

As despesas gerais e administrativas do grupo cresceram 19,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 139 milhões de reais, mas como percentual da receita líquida passou de 10,5% para 8,2%. Na versão pró-forma, o resultado nominal caiu 3,3%, mostrando também melhora no percentual da receita, que era de 8,8% um ano antes.

A geração operacional de caixa no quarto trimestre atingiu 423,9 milhões, um aumento de 53,9% quando comparado ao mesmo período de 2022. Ao final de dezembro, a alavancagem considerando a métrica dívida líquida/Ebitda era de 1,2 vezes.

Ao longo de 2023, o Fleury obteve lucro líquido de 423,8 milhões de reais, aumento de 37,6% em relação a 2022, enquanto a receita líquida aumentou 45%, para 6,47 bilhões de reais, com o Ebitda totalizando 1,59 bilhão de reais (+33,8%).

Tsutsui destacou que 2023 foi um “ano histórico para o grupo Fleury”, da combinação de negócios (com Pardini). “Temos uma estrutura de capital robusta, uma estratégia muito bem definida e uma execução muito adequada para capturar oportunidades em 2024”, disse.

Sinergias

O CEO reiterou a previsão do grupo de que a combinação de negócios com a Pardini – anunciada em meados de 2022, mas concluída no final de abril de 2023 – deverá gerar um aumento no Ebitda anual entre 200 milhões e 220 milhões de reais, com a captura de sinergias de cerca de 95 milhões de reais. % no prazo de três anos após a conclusão da operação.

“Neste momento não temos perspectivas de mudança… Temos vários pontos que mostram que essa sinergia está acontecendo… dentro do plano, do que apresentamos ao mercado”, afirmou.

O processo de integração com a Pardini não é visto pela empresa como um inibidor de novas fusões ou aquisições (M&A).

“É claro que as operações transformacionais são mais difíceis, mais demoradas e mais complexas, mas a nossa análise do mercado em termos de oportunidades de M&A continua”, afirmou o diretor executivo de finanças, José Antonio Filippo. “A área de M&A continua ativa e funcionando.”

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