Luís Coimbra

Luís Coimbra
Questionado se o novo ciclo poderá atrapalhar o pagamento de dividendos, Coimbra explica que os desembolsos começarão a ser mais relevantes em 2026 (Imagem: Reprodução)

A Alupar (ALUP11) encerrou o quarto trimestre de 2023 com lucro regulatório de R$ 157,4 milhões, queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira.

O número ficou um pouco abaixo das expectativas levantadas pela Bloomberg, que esperava lucro de R$ 159 milhões.

A receita totalizou R$ 787,5 milhões, aumento de 3,6%, enquanto o Ebti ficou em R$ 620,2 milhões.

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Resultados recordes em 2023

No ano, a empresa viu o lucro líquido regulatório bater recorde, de R$ 668 milhões, um aumento de 27,7% em relação aos R$ 522,9 milhões registrados no ano anterior.

Em entrevista com Tempos de dinheiroLuiz Coimbra, superintendente de relações com investidores da Alupar, afirmou que o aumento foi impulsionado pela queda dos juros, já que grande parte da dívida da empresa está indexada ao IPCAo principal termômetro da inflação, e CDI.

“Como a empresa tem um endividamento elevado, essa melhoria financeira impulsiona significativamente os lucros”, explica.

O Ebitda regulatório (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 2,636 bilhões, aumento de 7%.

Alupar: Dividendos e investimentos

Coimbra destaca que a empresa entra num novo ciclo de investimentocom projetos totalizando R$ 3,1 bilhões e faturamento de R$ 388 milhões.

“É um marco para a empresa. O último projeto foi em 2017”, destaca.

Questionado se o novo ciclo poderá atrapalhar o pagamento de dividendos, Coimbra explica que os desembolsos começarão a ser mais relevantes em 2026.

“Gasto muito pouco em investimentos neste ano e no próximo. Sem alterar meu nível de dividendos. Vamos manter. Tendo espaço, pagaremos um pouco mais”, afirma.

Ainda segundo Coimbra, a empresa está mais preparada, enquanto o EBITDA duplicou nos últimos cinco anos. “Aquele cenário de a empresa pagar R$ 200 milhões em dividendos ficou para trás”, acrescenta.

Dando continuidade à sua política, o conselho recomendou a distribuição de dividendos no valor de R$ 347,4 milhões (R$ 1,14 por Unit), equivalente a 55% do lucro líquido regulatório do exercício de 2023.

Desse total, R$ 109,7 milhões já foram desembolsados ​​na forma de dividendos intermediários, correspondendo a R$ 0,36 por Unit.

O valor de R$ 237,7 milhões, equivalente a R$ 0,78 por unit, será pago em até 60 dias após a deliberação da próxima assembleia geral ordinária a ser realizada em 19 de abril de 2024.

O conselho também recomendou uma bonificação em ações aos seus acionistas, na proporção de 4 novas ações para cada 100 ações existentes.

Veja o resultado:

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