Ele Coronel Francisco Pulido Nesta sexta-feira ele tomou posse como chefe do 5ª Zona da Guarda Civil em um ato em que foi marcado como “prioridades” a “salvaguarda da vida humana”bem como a prevenção e resposta a crimes contra as pessoas, especialmente crimes de violência de género e liberdade sexual.
Além disso, no seu discurso, Pulido identificou como objectivos prioritários o combate aos crimes de contrabando e fraude fiscal, ao tráfico de droga ou ao crime organizado ligado à imigração ilegal, todos eles consequência da localização da Região de Múrcia na costa sudeste. da Península Ibérica.
Da mesma forma, anunciou que a prevenção e resposta aos crimes contra o ambiente constituirão também uma “prioridade” nas acções da Benemérita “para garantir, com a colaboração das administrações públicas e de toda a sociedade murciana” a preservação e recuperação de ecossistemas nativos que garantam a fruição e o desenvolvimento de atividades profissionais e de lazer compatíveis, nos termos da legislação em vigor.”
Além dissoafirmou que o combate ao cibercrime será outra das áreas de atuação “preferenciais” da Guarda Civil da Região, tendo em conta que se trata de uma modalidade criminosa “em crescimento”.
Pulido fez estas declarações num ato militar que teve lugar nas proximidades do Quartel da Guarda Civil, em Múrcia, e foi presidido pelo tenente-general e vice-diretor operacional da Guarda Civil, Manuel Llamas, juntamente com o delegado do Governo na Região. de Múrcia, Mariola Guevara.
Da mesma forma, o evento contou com a presença do vice-presidente do Governo de Múrcia e Ministro do Interior, Emergências e Ordenamento do Território, José Ángel Antelo; do Ministro da Presidência, Porta-Voz e Ação Exterior, Marcos Ortuño; e o Conselheiro de Segurança Cidadã e Emergências, Fulgencio Perona, entre outras autoridades civis e militares.
Pulido afirmou que desempenhará sempre o seu trabalho “com lealdade” à frente da 5ª Zona da Guarda Civil, bem como na direcção dos 2.256 homens e mulheres que a compõem, lembrando que é um Zona que cobre 96,5% do território da Região de Múrcia.
Durante o seu discurso, Pulido fez referência às palavras do fundador da Guarda Civil, o Duque de Ahumada, que estabeleceu que o serviço “deve ser executado com sabedoria e temperança, mas com a firmeza necessária que as circunstâncias exigem para cumprir e realizar cumprir as leis e regulamentos em vigor do Estado”.
Pulido fez um balanço da sua carreira desde a sua primeira missão como tenente-mor da Linha de Alquife, no Comando de Granada, e afirmou que inicia esta nova etapa “com o mesmo entusiasmo” de então, mas “já temperado com a bagagem de experiência acumulada ao longo de quase 30 anos de serviço, e com a disciplina e a serenidade necessárias para enfrentar os desafios” que o seu novo cargo exige.
Por sua vez, o tenente-general e vice-diretor operacional da Guarda Civil, Manuel Llamas, elogiou Pulido como um “chefe com experiência e capacidades exemplares”. Felicitou também a sociedade murciana, “porque colocamos ao seu serviço um grande servidor público”.
Llamas fez referência ao assassinato de dois guardas civis em Barbate (Cádiz) após serem atropelados por um barco traficante. Assim, colocou estes dois agentes como exemplo da “clara dedicação sem limites de que o nosso pessoal é capaz”. “Presto homenagem àqueles que serão para sempre um exemplo supremo de profissionalismo”, sublinhou.
“Liderança garantida”
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A delegada do Governo na Região, Mariola Guevara, elogiou Pulido como uma pessoa que tem uma “carreira impecável” e que “se apoia no seu grande trabalho nas mais diversas áreas”, como “na luta contra o crime e contra o terrorismo”. .
“E algo que quero destacar especialmente é o reconhecimento que tem na sociedade, nos lugares onde serviu”, segundo Guevara, que considerou que “hoje estamos de parabéns” na Região por esta nomeação.
A delegada destacou que Pulido está no Comando de Múrcia há “algumas semanas” mas, apesar disso, “já teve que enfrentar situações complicadas e difíceis com ele”. “E ele me mostrou a sua capacidade, a sua experiência e a sua visão, o que se traduziu em bons resultados”, sublinhou.
Por isso considerou que, com Pulido “garantimos a liderança; a liderança que qualquer instituição e qualquer administração exige”. “É uma honra para a Região de Múrcia tê-lo como principal responsável da Guarda Civil, até porque sabemos que o principal compromisso da Benemérita é garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos”.
Para isso, Guevara sublinhou que “é necessária uma boa gestão e uma boa coordenação, que é sem dúvida o que o novo coronel fará”.
Por fim, o delegado do Governo destacou o “trabalho extraordinário” que o chefe interino, Diego Mercader, tem realizado nos últimos meses.
Antelo presta «a colaboração do Governo Regional»
Antelo, por sua vez, garantiu que Pulido terá “plena colaboração” do governo regional. “Além disso, a admiração que sentimos pelas nossas Forças e Órgãos de Segurança do Estado é mais do que evidente e tudo faremos para lhes facilitar a vida e continuarmos a exigir cada vez mais recursos para a nossa Guarda Civil”, afirmou. .
Na sua opinião, “o que não se pode fazer é equiparar a palavra das nossas Forças e Corpos de Segurança do Estado à de um criminoso”. “Lá vamos ser muito exigentes com a Delegação do Governo e com o Governo nacional”, disse.
A este respeito, Antelo mostrou a sua “absoluta rejeição” ao que fez o Ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, quando enviou a Polícia Nacional “para parar as manifestações pacíficas que os nossos agricultores realizavam de forma brutal e totalmente desproporcional.”
“Queremos ver essa contundência nas nossas fronteiras, defendendo a legalidade contra as máfias que continuam a traficar seres humanos”, segundo Antelo, que considerou que “é preciso travar a imigração ilegal”, área em que o ministro do Interior “está não tão contundente.”
Por isso, o vice-presidente demonstrou a sua “rejeição absoluta” a Grande-Marlaska e pediu “que se fosse” porque “causou muitos danos à Guarda Civil”. “Quanto mais cedo ele sair, será retirado o peso de todos nós que temos algum tipo de dever público”, concluiu.