Marcinho e Cris, casal da Vila Isabel, são penalizados pelo ofuscamento da indumentária

A Vila Isabel ficou na sexta posição do carnaval carioca, – com a releitura do enredo “Gbala”, feito em 1993 – a escola teve pontuação total de 268,8. O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Vila Isabel, Marcinho Siqueira e Cris Caldas não alcançaram o gabarito no carnaval de 2024. O total da nota foi 29,5, contando com três 9,8 e um 9,9. No desfile o casal decidiu mais um ano arriscar e inovar no desfile, em suas fantasias carregavam leds combinando com o efeito de iluminação da Sapucaí. No entanto, os jurados descontaram alguns décimos, justificados a partir da dificuldade de visualizar a dança do casal com as luzes de led, pegada do pavilhão de costas do mestre sala e da ausência de tradição e nobreza da apresentação.

O jurado Fernando Bersot retirou dois décimos do casal. A nota foi 9,8, em sua justificativa, foi tirado um décimo porque a iluminação atrapalhou a visualização da dança.

“-0,1 A pouca iluminação e os raios que saiam da indumentária atrapalharam a visualização no início. -0,1 Por duas vezes o Mestre-Sala ao segurar o pavilhão o fez de costa. Porém, uma das vezes pareceu acidental e não coreografada”.

A segunda pontuação de Marcinho e Cris foi 9,9. O jurado, Paulo Rodrigues, descontou um décimo pela falta de olhar do mestre sala na porta-bandeira e na proteção do pavilhão.

“Lindo casal figurino maravilhoso Muito Interessante a apresentação do casal com efeito e trabalho rico com a iluminação. No meu campo de visão surtiu efeito positivo, porém Mestre-sala, por alguns momentos, em sua execução foram práticos perdeu o contato com sua porta-bandeira olhando para o público. Executando seu bailado por instante perdendo a relação e a proteção do seu pavilhão. Mestre-sala A forma de assegurar o pavilhão executam no giro para apresentá-lo não surtiu o efeito desejado, momento brusco; O símbolo maior da escola tem que ser reverenciado e apresentado com mais nobreza e glamour.

Já João Wlamir pontuou o casal com 9,8, de acordo com ele os principais problemas foram: a escuridão que dificultou a visualidade e a falta dos cortejos e bailados tradicionais.

“-0,1 Boa ideia do figurino, mas a execução foi prejudicada pela escuridão do início onde impediu de se ver a evolução do casal – na transformação do a dela acendeu (depois de um tempo acendeu a dele) provocando uma falta de unidade visual. -0,1 Pouco tempo do bailado característico do casal, provocado pelo execrado de “movimentos criativos paralelos” e quando bailavam não era bem executado, com finalizações apressadas e sem limpeza, prejudicando até as pegadas no pavilhão”.

Monica Barbosa, a última pessoa a julgar o casal, elogiou a dança do casal da Vila, porém tirou dois décimos, fazendo 9,8 também.

“No escuro, as luzes saídas da indumentária como “desordem” e depois substituídas por uma iluminação forte de “poder e energia”, seriam ótimas em um espetáculo qualquer. O problema é que estamos falando da dança do Mestre-Sala e Porta-bandeira! Cheia de simbolismo, tradição e autenticidade. A bandeira, símbolo máximo, representa a escola, a comunidade; a Porta-Bandeira a carrega como a extensão do seu próprio corpo conduzindo e apresentando e o Mestre-sala a protege reverenciando sua Porta-Bandeira. Bailam com leveza e com uma conexão no olhar. No escuro que foi uma boa parte da apresentação não consegui ver esses olhares, essa conexão, nem tampouco o pavilhão e quando a “luz se deu” a dança principalmente do Mestre Sala é prejudicada pleno peso e forma do seu figurino, limitando seus movimentos e perdendo a energia e agilidade, a dança ficou sem leveza. E mesmo com a luz forte das duas indumentárias, a luminosidade ofusca a expressão do rosto do casal. E também na execução, quando o mestre-sala vai buscar a bandeira de costas e virar de frente para apresentá-la, por 2 vezes, o seu toque na bandeira foi um pouco busco no modelo 4”.



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