Pilar García Muñiz está localizada na fazenda La Chimenea, em Aranjuez, no meio de alguns lotes que ocupam uma área significativa. 285 hectares, para se ter uma ideia, o equivalente a 285 estádios de futebol. É imenso.
Nessas instalações, Instituto de Investigação e Desenvolvimento Rural, Agrário e Alimentar de Madrid (IMIDRA)novas técnicas de cultivo estão sendo investigadas para lidar com a seca.
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Barcelona 01 de fevereiro de 2024 – 12h45
O diretor de ‘Meio-dia COPE‘Ele tem um pequeno grão de bico na mão, é preto. Um grão de bico simples e minúsculo, que, no entanto, contém uma solução para épocas de pouca chuva. Esta leguminosa estava desaparecida há 50 anos. E aqui estão eles recuperando seu cultivo.
Fazem-no no âmbito de um projeto em que se investigam leguminosas que, como o grão-de-bico preto ou a almorta, se mostraram melhor adaptadas aos tempos de seca.
Roberto Saizé o jefe do serviço de experimentação da fazenda La Chimenea e com ele conversamos sobre essas novas técnicas de cultivo.
Saiz explica que recuperaram mais algumas leguminosas e “o grão de bico o preto é muito peculiar. É o que mais chama a atenção. Outros foram usados há 100 anos e começaram a desaparecer porque surgiram outros mais lucrativos.”
Eram utilizados, sobretudo, para alimentar o gado. Agora, eles os recuperam porque precisam de menos água. “Com os problemas de seca que ocorreram, percebemos isso. Essas leguminosas, comparadas com as que tínhamos comercialmente, resistem.”
Qual a diferença entre a água que eles necessitam no seu cultivo, em comparação com a que continuamos a consumir? Saiz responde que, em alguns casos, há reduções de até 40-50%. “Eles têm raízes muito poderosas e também muito poderosas ambientalmente. Elas se abrem no solo, alcançam perfis mais profundos e duram mais sem cair uma gota d’água.
“Temos muito interesse em semear bem precocemente, porque vão nos dar mais rendimento”
O chefe do serviço de experimentação desta quinta diz a Pilar García Muñiz que realizam testes constantes porque não conheciam estas espécies nem a sua capacidade de resistir à neve, por exemplo. “Temos muito interesse em semear muito cedo, porque nos dará mais rendimento”.
??#InformeCOPE: Um pesquisador analisa, com @carmenlabayenQual o papel da agricultura numa situação de escassez de água?
??”A área irrigada aumentou e necessita de mais água… A isso somamos o aquecimento global, que aumenta a demanda por irrigação” pic.twitter.com/HP590cMsOb
– COPE (@COPE) 1º de fevereiro de 2024
Essas leguminosas também se dão melhor no calor. “As temperaturas estão mais altas do que o normal porque seu sistema radicular é mais profundo. Atinge níveis onde existe água.”
Por fim, relativamente ao processo de investigação, Saiz afirma que “na agricultura precisamos de longos períodos. Serão necessários cerca de 5 anos para termos resultados”. E, a partir daí, essas conclusões serão transferidas para os agricultores. “Faremos publicações, boletins agrícolas, onde resumimos o estudo. O próximo passo é a transferência por meio de assessoria ao agricultor”, explica Saiz detalhadamente aos microfones da ‘Mediodía COPE’.