O Tesouro quer obrigar os bancos ou plataformas de dinheiro eletrónico a fornecerem informações massivas sobre os seus clientes para detetar fraudes fiscais. Desde grandes compras a pequenos movimentos de euros. Neste momento a ideia foi transferida para a União Europeia, que terá de responder. Então, José María Peláezvocalista do Associação dos Inspetores do Tesouro do Estadoquiseram esclarecer esta segunda-feira em La Linterna que ainda não sabem qual será o valor.
“Não, é uma magnitude muito grande, mas o valor é desconhecido”, explica ao Expósito. Uma medida que Peláez duvida da sua eficácia, como reconhece no COPE. “Há muitos anos que tentamos garantir que a informação que chega ao Tesouro é a maior possível e costumo dizer que há uma acumulação de informação nos computadores que colapsa”, brinca. Claro, ele enfatiza que na Agência Tributária “existe uma obsessão em acumular informações de todos os tipos”.
“Com as aplicações que temos, quando se fazem cruzamentos é eficaz, mas temos que estabelecer um limite, não se pode controlar uma operação de 10 euros ou um café com leite”, conclui.
A quantidade de dinheiro que você pode sacar no caixa eletrônico sem que eles saibam
Questionado pelo diretor do programa sobre “qual seria o limite”, atualmente para realizar operações sem que o banco emita aviso ao Tesouro, Inspetor do Tesouro esclarece que limite é “a partir dos 3.000 euros”. “Todos sabem que, quando vais ao banco e levantas 2.000 ou 2.500 euros, não pedem identificação e, quando levantas 3.000, pedem-no.”
- Left6:Não há configuração de publicidade para o slot solicitado
Na verdade, ele explica que esta é a razão pela qual muitas vezes detectam “operações suspeitas de saques muito próximos e contínuos de 2.900 ou 2.950”. “Porque, quem quiser não ser controlado sabe que o limite é de 3.000 euros”, acrescenta.
Quais informações chegam ao Tesouro
Peláez explica em La Linterna que em Agência Tributária A informação que chega até você de entidades bancárias é “muito grande e muito importante”. São, garante, “quantias que não são apenas grandes, mas também pequenas”. “Quando investigamos contas bancárias, todos os movimentos vêm, desde 1 euro até movimentos importantes. Quando controlamos os POS, os checkouts das lojas, todas as operações estão lá.”.
Mas, concretamente, e relativamente às informações que exige do Tesouro sobre os nossos movimentos, o inspetor salienta que, nos pagamentos superiores a 3.000 euros, a informação é “sobre quem são os titulares da conta, o saldo no final do ano e os juros que “foram cobrados dos titulares”. “Nos computadores da Agência Tributária não aparecem todos os movimentos, Quando houver fiscalização, deverá ser feito pedido expresso à entidade bancária”, finaliza.