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A falta de manutenção no sistema de drenagem dos rios que cortam a Baixada Fluminense foi uma das principais razões para os alagamentos da região após o temporal do último fim de semana. Segundo o professor de Hidrologia da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo, esse sistema que foi estruturado justamente para proteger a Baixada dessas ocorrências não passa por manutenção há pelos menos 10 anos.

O especialista também considera outros fatores, como o acúmulo de lixo e o volume grande de chuva durante um longo período. No entanto, segundo Canedo, se o sistema estivesse funcionando corretamente, os estragos seriam muito menores.   

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirma que a Baixada Fluminense está situada abaixo do nível do mar e que, por isso, pode sofrer com inundações, quando há um aumento excessivo do nível da água da baía de Guanabara. O Instituto informou que instalou três bombas no bairro do Pilar, em Duque de Caxias, para ajudar a extravasar a água acumulada.  

Na avaliação de Paulo Canedo, o fato de se tratar de uma região de baixada não deve justificar a inundação que ocorreu.  

Paulo Canedo é um dos autores do Projeto Iguaçu, elaborado entres os anos de 2005 e 2006 pela Coppe em cooperação com o governo fluminense, para solucionar o problema das enchentes na região.  

O projeto previa a recuperação ambiental das bacias da Baixada e da zona oeste do Rio de Janeiro, envolvendo os rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, para controlar as constantes inundações. Ele foi implementado em sua primeira etapa com recursos do governo estadual e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.  

Segundo Canedo, sua implantação total era prevista para ocorrer em longo prazo mas as crises por quais o Brasil e o estado do Rio passaram impediram a continuidade das obras.    

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou em nota, que a continuidade do Projeto Iguaçu está em fase licitatória do financiamento pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano. E que o Governo do Estado também trabalha para que a ação receba reforço no financiamento por meio do PAC. 

* Com informações de Alana Gandra, da Agência Brasil.



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