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A série “Percy Jackson e os Olimpianos” estreou no final de dezembro do ano passado. A nova adaptação da saga de livros escritos por Rick Riordan veio acompanhada de altas expectativas dos fãs, que temiam se desagradar com mais uma versão live-action.

A primeira vez que a história chegou nas telas foi em 2010, com o filme “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, sob direção de Chris Columbus. A expectativa era alta principalmente por Columbus ter dirigido “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. O longa chegou a ter uma continuação, com “Percy Jackson e o Mar de Monstros”.

No entanto, as duas produções foram altamente criticadas pelos fãs e sãos lembradas até hoje pelas mudanças em relação à história contada nos livros, como um exemplo de como não adaptar as histórias.

Desta vez, o escritor dos livros, Rick Riordan, afirmou que fez parte de todo o processo de decisões da série para que ela fosse o mais fiel possível.

Mesmo com Rick no set e palpitando no roteiro, é inevitável que algumas pequenas mudanças sejam feitas ao levar uma história das páginas para a TV.

Confira algumas diferenças entre a série e os livros de Percy Jackson (até agora):

A luta contra a Sra. Dodds e a expulsão de Percy

Professora de matemática de Percy, Sra. Dodds, que se revela um monstro mitológico./ Disney/David Bukach

Nos livros, durante uma excursão escolar na qual a turma de Percy vai ao museu, a sua professora de matemática, Sra. Dodds, se revela um monstro mitológico. Após uma batalha, a professora acaba sendo morta por Percy. Para piorar, o garoto também é acusado falsamente de ter empurrado a bully Nancy Bobofit dentro de uma fonte.

Em “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, a professora atrai Percy para ficarem a sós e então se revela um monstro e passa a atacá-lo. No entanto, o professor de latim Sr. Brunner – que mais tarde se revela como o centauro Quíron – joga uma caneta esferográfica para Percy que se transforma em uma espada, com a qual o garoto consegue enfrentar a professora.

Após o fim da confusão, nos livros quem acaba assumindo a culpa por jogar Nancy na fonte é Grover, mesmo sendo inocente. E Percy segue estudando na Academia Yanci por mais alguns meses até que outros conflitos acabam levando a sua expulsão da escola.

Já na série, a cena de luta entre o semideus e a professora acontece de maneira mais acelerada. A morte da Sra. Dodds parece um acidente, após Percy retirar a tampa da caneta quase sem querer – que ele havia recebido anteriormente –  e o objeto se transformar em uma espada em suas mãos.

No programa, ao invés de assumir a culpa, Grover percebe que é melhor afastar o amigo da escola e diz ter visto Percy empurrar Nancy na fonte quando questionado pelo diretor, o que leva à expulsão imediata do jovem.

O cão infernal e a revelação do filho de Poseidon

No segundo episódio da série, a história gira em torno do jogo de Rouba Bandeira.

No livro, quando o plano de Annabeth dá certo e seu time é campeão, as comemorações são interrompidas pela aparição de um cão infernal que tenta atacar Percy. Após ficar ferido durante esse ataque, o garoto vai até um rio próximo e seus ferimentos se curam ao entrar em contato com a água.

É neste momento que o Tridente de Poseidon aparece acima da cabeça de Percy, comprovando o parentesco entre os dois.

Na série, no entanto, o cão infernal não aparece. Annabeth passa a observar Percy e desconfiar de quem seja seu pai. Para provar seu ponto de vista, ela o empurra na água, e é só então que o Tridente de Poseidon aparece.

Grover descobre que a mãe de Percy está viva e conta a ele

Grover, o sátiro e melhor amigo de Percy Jackson. / Disney/David Bukach

Não é apenas elementos que estavam nos livros que não entraram na série: algumas coisas que não foram escritas originalmente nas páginas viraram cena na série. Um dos momentos incluídos é quando Grover descobre, através do Conselho de Cloven (um grupo de sátiros), que a mãe de Percy, Sally Jackson, não está morta, e sim presa no Submundo.

Este fator influencia Percy a aceitar a missão de recuperar o raio de Zeus, já que também poderia salvar sua mãe.

No livro, não sabemos exatamente o que aconteceu com a mãe de Percy até o grupo ir ao Submundo.

A interação com Medusa

A série escolheu uma abordagem bem diferente para a personagem de Medusa. / Disney/David Bukach

Se no livro o trio formado por Percy, Annabeth e Grover encontra uma Tia Eme que tenta enchê-los de comida antes de se revelar como Medusa para transformá-los em pedra, a série escolheu uma abordagem bem diferente para a personagem.

A mulher já se apresenta na série como Medusa, mas decide contar a história de seu passado para as crianças. Ela explica que era uma sacerdotisa de Atena, a deusa que é mãe de Annabeth.

No relato, Medusa diz que se envolve com Poseidon, que a enganou dizendo que a amava, dentro do templo de Atena. A deusa então decide castigar a mulher, transformando-a na criatura mitológica que transforma quem olhar para ela em pedra.

Medusa ainda diz se sentir próxima da mãe de Percy, já que ambas se envolveram com Poseidon e depois foram abandonadas à própria sorte.

Só depois de explicar sua versão do mito aos três que Medusa passa a se demonstrar como uma ameaça, sugerindo que Percy deixe ela ficar com seus amigos.

Essa parte da história termina de maneira idêntica ao livro – com a cabeça da Medusa enviada ao Monte Olimpo.

O encontro com Equidina

Equidna, a mãe dos monstros da mitologia grega, enfrenta Percy em um monumento altíssimo em formato de arco. Enquanto no livro ela aparece apenas na hora do confronto, na série ela nos é apresentada antes, ainda durante a viagem de trem do trio, como uma senhorinha com seu chihuahua – que, na verdade, é uma quimera disfarçada.

Outra diferença também ocorre no momento em que Percy cai de cima do arco em um lago sujo. Se nos livros ele clamou pela ajuda do pai para salvá-lo, na série o relacionamento entre os dois ainda é muito fraco para isso. Mesmo assim, nos dois casos, o semideus só sobrevive após a interferência de Poseidon.

O parque de diversões de Hefesto

Percy e Annabeth no Túnel do Amor./ Disney/David Bukach

Na série, após encontrar Ares e aceitar a proposta de recuperar seu escudo, Percy e Annabeth seguem para o parque de diversões projetado por Hefesto (o deus ferreiro) como uma armadilha, enquanto Grover fica com o deus da guerra, Ares, como garantia. No livro, no entanto, Grover vai junto com os amigos para o parque.

Já no parque, a série manteve o passeio dos dois no Túnel do Amor (uma das partes mais adoradas pelos fãs que shippam Percy e Annabeth), mas mudou algumas coisas.

Na adaptação, Percy e Annabeth são confrontados com a decisão de qual dos dois sentaria na cadeira projetada por Hefesto, o que significaria o aprisionamento eterno, para conseguir recuperar o escudo. Percy logo decide se sacrificar, mas Annabeth se recusa a abandonar o amigo e ir embora.

A súplica de Annabeth acaba comovendo o deus Hefesto, que aparece e decide libertar Percy.

Essas cenas foram criadas apenas na série da Disney+. No livro, não há cadeira, muito menos uma aparição do deus.



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