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Mais de 80% das espécies de árvores da Mata Atlântica estão sob ameaça de extinção.

Estudo conduzido por pesquisadores brasileiros, e publicado na revista científica Science, mostra que o bioma tem 4.950 espécies de árvores, sendo que metade desse número corresponde a espécies que só existem na Mata Atlântica. A classificação é feita pela União Internacional para Conservação da Natureza.

Uma das espécies mais ameaçadas é o Pau-Brasil, que foi classificado como criticamente em perigo. Já perdeu 84% da população selvagem. Já a Araucária, Palmito-juçara e a Erva-mate tiveram declínio de pelo menos 50%, e são consideradas “em perigo”.

Treze tipos de vegetação exclusiva da Mata Atlântica foram classificadas como possivelmente extintas. Em compensação, cinco que eram consideradas desaparecidas do bioma foram redescobertas pelo estudo.

A pesquisa foi feita com base nas espécies presentes na mata, sem considerar as árvores plantadas em praças ou jardins.

O pesquisador Renato Lima, responsável pelo estudo, aponta que seria necessário fazer planos de ação para conservar ao menos os genes das espécies mais ameaçadas, plantando em jardins botânicos, por exemplo.

Ele acrescenta que esse cenário pode ser revertido, mas relata que a Mata Atlântica continua sendo desmatada, o que prejudica a restauração do bioma.

Se forem consideradas todas as espécies brasileiras, e não apenas a Mata Atlântica, a porcentagem de árvores ameaçadas continua alta, com 65%.



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