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A passagem de Dorival Júnior pelo Flamengo se encerrou há pouco mais de um ano, mas continua repercutindo. Uma grande polêmica apontada na época foi que o treinador, hoje em dia na seleção brasileira, teria decidido dar férias bastante longas para o elenco do Rubro-Negro no início de 2023, época em que o time tinha disputas importantes a serem jogadas, como por exemplo o Mundial de Clubes. Isso teria, inclusive, causado a sua saída do clube, sendo substituído por Vítor Pereira.

Em uma entrevista recente, Dorival declarou que a decisão do período de descanso não teve nada a ver com ele, e sim com a diretoria do clube. As falas dele, porém, foram amplamente negadas nesta sexta-feira (12), logo após a apresentação de De La Cruz como jogador do Rubro-Negro. Em conversa com a imprensa, Marcos Braz, vice-presidente de futebol e Bruno Spindel, diretor-executivo de futebol, se exaltaram com o comportamento.

Braz iniciou o seu discurso desejando sorte ao técnico, que na quinta-feira (11) se apresentou à seleção: Boa sorte ao Dorival, que dê tudo certo pra ele. É um sinal que a gente acertou na contratação dele, quando ele estava dentro da concentração do Cearáele me atendeu e eu conversei com ele. O projeto deu certo, levamos até o final do contrato, a gente apenas não renovou com ele, não rompemos com Dorival. Ele foi bem dentro das questões esportivas e o Flamengo agradeceu a ele nas redes sociais, de tudo quanto é jeito. Não sei se você lembra, mas teve bastante questionamento quando a gente trouxe o Dorival, chamaram a gente de burro, mas depois deu certo.

Spindel adotou tom parecido, mas mostrou incômodo com a fala recente do técnico: “Toda vez que alguém do Flamengo vai para a seleção brasileiraé uma chancela que o trabalho está sendo bem feito. De certa forma o Flamengo evoluiu, levando de volta ou pela primeira vez diversos atletas para a seleção brasileira. A gente é grato ao Dorival pelos títulos da CONMEBOL Libertadores e Copa do Brasil. O sucesso dele aqui abriu uma série de portas para ele também. É sempre um sinal bom quando alguém do Flamengo vai para a seleção. Ele demorou mais de um ano para tocar nesse tema, roupa suja se lava em casa, tema que é tratado aqui dentro a gente não coloca pra fora, a questão das férias, jamais foi a posição dele e da comissão voltar em 19 de dezembro.”

Enquanto falava, o diretor foi interrompido por Marcos Braz: “É mentira, mentira dele. Por quê levou 12 meses para se posicionar? O questionamento da imprensa foi desde sempre, vejo essa crítica e perguntas. Depois que ganhou do Flamengo em uma final, vai se posicionar? Por que não falou antes? O tadinho e o coitadinho no futebol brasileiro navega bem”, disse, mostrando certa exaltação.

A postura “encorajou” Bruno Spindel a dar a sua versão do que aconteceu pouco mais de um ano atrás.

“A posição da comissão foi voltar dia 3 de janeiro, eu e Marcos mandamos comunicar que o retorno era 26 de dezembro, em um calendário espremido pela Copa do Mundo, fomos campeões da Libertadores e Copa do Brasil, apoiado pela fisiologia e área de saúde, foram 34 dias de pré-temporada até a decisão da Supercopa. O Palmeiras se apresentou 3 de janeiro, não foi a pré-temporada que fez a gente perder do Palmeiras. Mas a decisão minha e do Marcos foi 26 de dezembro. A gente não concordava com 3 de janeiro. Eu precisava expor isso. A legislação brasileira exige 30 dias de férias corridos. Dia 13 de novembro a gente liberou os jogadores. Os 30 dias corridos eram até 16 de dezembro, o Flamengo deu 10 dias a mais. O Palmeiras voltou em 3 de janeiro. Falaram em treino por zoom…”

Braz mais uma vez se exaltou: “Isso é uma piada, né?”, antes de Spindel finalizar: “Trabalho mesmo é chegar aqui, no sol quente aqui. Os atletas são responsáveis, chegaram bem condicionados, fizeram os testes.”

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