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O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, deve assumir o cargo de Ministro da Justiça no lugar de Flávio Dino, que foi nomeado para o STF. A expectativa é de que o ex-ministro assuma nos próximos dias e, segundo revelou o Estadão, a escolha de Lula já teria sido informada aos ministros do Supremo.

O próprio Dino chegou a conversar com Lewandowski antes do evento para marcar um ano do 8 de janeiro, no Congresso Nacional, em Brasília. Questionado por jornalistas após o evento, Dino disse que só ficaria até o fim desta semana no cargo de ministro da Justiça. Ao ser questionado sobre o que conversou com Lewandowski, disse que “só o presidente Lula sabe”.

A expectativa é de que, com a nomeação de Lewandowski, a ideia de divisão do Ministério da Justiça com a criação do Ministério da Segurança Pública seja descartada, já que nem Lewandowski nem Lula têm interesse na divisão. A pasta é uma das mais importantes do país pela capilaridade de ações e pelas áreas nas quais atua, envolvendo ações coordenadas de Segurança Pública em todo o país, a gestão do Sistema Penitenciário Nacional, a Polícia Federal, direito do consumidor, dentre outros.

Um dos desafios do governo no momento é o destino do atual número dois da pasta, o secretário-executivo Ricardo Cappelli. Nome de confiança de Dino, ele ganhou destaque no primeiro ano de governo Lula ao ser nomeado interventor da Segurança Pública no DF após o 8 de janeiro.

Ele também chegou a assumir interinamente o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República após a demissão do general Gonçalves Dias, que deixou o posto depois da repercussão de vídeos dele circulando entre manifestantes golpistas no Palácio do Planalto. Segundo o jornal O Globo, Cappelli tem deixado claro que não tem interesse em assumir um posto abaixo do que ocupa atualmente e ainda tem interesse em ser o titular do Ministério.

Lewandowski, porém, deve realizar trocas ao assumir, e teria preferência para colocar como seu número dois na pasta o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi secretário-geral do STF quando Lewandowski era presidente da corte e é considerado um dos assessores mais próximos do ex-ministro.

Edição: Thalita Pires






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