“Democracia nos une”: projeção no Congresso relembra um ano dos ataques de 8 de janeiro


As obras de arte do acervo da Presidência da República danificadas durante os ataques do 8 de janeiro começaram a ser restauradas na última sexta-feira (5) em um laboratório que passou a operar no Palácio da Alvorada.

O processo de restauro foi viabilizado em um acordo de cooperação técnica com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que assumiu todos os custos, de acordo com Rogério Carvalho, curador dos palácios presidenciais.

Foi produzido pelo órgão laudos sobre a conservação de bens danificados, em especial os seguintes itens:

  1. Pintura sobre tela “As Mulatas”, de Emiliano Di Cavalcanti;
  2. Escultura em bronze “O Flautista”, de Bruno Giorgi;
  3. Escultura em madeira, de Frans Krajcberg
  4. Relógio histórico de Balthazar Martinot
  5. Pintura sobre madeira “Bandeira”, de Jorge Eduardo
  6. Escultura de ferro, de Amilcar de Castro
  7. Mesa imperial em madeira
  8. Marquesa em metal e palha, de Anna Maria Niemeyer
  9. Retrato de autoria não identificada
  10. Ânfora portuguesa em cerâmica esmaltada
  11. Mesa-vitrine, de Sérgio Rodrigues
  12. Pintura abstrata de autoria não identificada
  13. Pintura de batalha de autoria não identificada

Os trabalhos estão sendo conduzidos por uma equipe de dez restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

As obras “Escultura de Ferro”, de Amilcar de Castro, “A Marquesa em Metal e Palha”, de Anna Maria Niemeyer, e a “mesa-vitrine” de Sérgio Rodrigues receberam tratamento das equipes da diretoria de Engenharia e Patrimônio/Secretaria-Geral e da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais.

O relógio Balthasar Martinot Boulle, do Século 17, que chegou ao Brasil pelas mãos de dom João VI em 1808, e a caixa de André Boulle, destruídos durante os atos de vandalismo, serão revitalizados a partir de um Acordo de Cooperação Técnica formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil.

VÍDEO – Câmera flagra criminoso quebrando relógio histórico no Planalto

De acordo com a embaixada, os acontecimentos “despertaram profunda emoção na Suíça, assim como forte solidariedade com as instituições e a democracia brasileira. A Embaixada da Suíça em Brasília apresentou à Presidência da República uma iniciativa de restauração do patrimônio, parte fundamental da identidade e da memória do país”.

Segundo o governo brasileiro, um produtor suíço de relógios de longa experiência ofereceu apoio de alguns dos maiores especialistas e artesãos para a restauração.

Entretanto, numa primeira avaliação, considerando os graves danos sofridos e as características e complexidade do relógio, foi identificada a necessidade de outros profissionais no processo.



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