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A Força Aérea Brasileira (FAB) informou neste sábado (06) que as buscas pelo helicóptero que desapareceu no litoral paulista foram reforçadas com o Black Hawk, helicóptero militar de médio porte utilizado para missões de resgate e busca de salvamento.

Em 31 de dezembro, um helicóptero com quatro pessoas desapareceu. Ele  partiu de São Paulo rumo a Ilhabela, no litoral norte paulista. 

Neste sábado (6), foi encerrado o sexto dia de buscas. Além do Black Hawk, também é utilizado na procura pelo helicóptero a aeronave SC-105 Amazonas, do Esquadrão Pelicano. Esta aeronave está presente nas buscas desde o primeiro dia.

Segundo a FAB, a missão foi prejudicada pelas condições meteorológicas e pelo relevo montanhoso na região. A área total de buscas é de cinco mil quilômetros quadrados. O helicóptero ainda não foi localizado.

Um helicóptero Black Hawk foi utilizado nas buscas neste sábado (6) / 04/09/2014 – Divulgação/Força Aérea Brasileira (FAB)

“Agulha no palheiro”

A área total de busca é de 5 mil metros quadrados. Em entrevista à CNN na sexta-feira (5), o tenente-coronel Emanuel Garioli, comandante do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB), afirmou que não há uma data prevista para que as buscas sejam encerradas.

“Normalmente, quando somos acionados em busca, a meteorologia não é favorável. Temos também um relevo montanhoso e a Mata Atlântica densa. Junto com isso, ainda temos uma aeronave pequena e na cor cinza”, afirmou o oficial.

A Polícia Militar de São Paulo também participa das buscas pela aeronave desaparecida. Na sexta (5), também em entrevista à CNN, o major Joscilênio Fernandes, da PM paulista, afirmou que a operação é “como procurar uma agulha no palheiro”. “O helicóptero é cinza, e se ele tiver debaixo das árvores, uma vegetação espessa, fica muito mais difícil o trabalho visual, por mais que a gente seja treinado para isso e estejamos voando baixo”, afirma Fernandes.

 

Helicóptero tentaria pousar em Ubatuba

Um dos passageiros do helicóptero, o empresário Raphael Torres, 41, enviou uma mensagem de voz ao filho na tarde de domingo dizendo que o tempo estava ruim em Ilhabela e que a aeronave tentaria pousar em Ubatuba.

Também no domingo, outra passageira, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, enviou mensagem ao namorado relatando que o equipamento havia feito um pouso de emergência e que havia muita neblina naquele momento.

Ela disse estar com medo e acrescentou que o helicóptero tentaria retornar. A jovem não soube precisar o local onde o grupo estava.

Quem estava a bordo

Raphael havia convidado para o voo a amiga Luciana Rodzewics, 46, mãe de Letícia. Elas fariam um “bate-volta” em Ilhabela.

Pouco depois da decolagem, Luciana postou um vídeo no Instagram da loja mostrando o momento em que o helicóptero com as quatro pessoas a bordo sobrevoava a capital paulista.

O helicóptero, um Robinson R44 fabricado em 2001, era pilotado por Cassiano Tete Teodoro, 44 anos. Ele teve sua licença e as habilitações cassadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por causa de “condutas infracionais graves à segurança da aviação civil”. A agência reguladora diz que ele chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.

“Cassiano Tete Teodoro foi cassado em decorrência, entre outros motivos, de evasão de fiscalização, fraudes em planos de voos e práticas envolvendo transporte aéreo clandestino”, acrescenta a Anac.

Ainda de acordo com a agência, “em outubro de 2023, após observar prazo máximo legal para a penalidade administrativa de cassação, que é dois anos, o piloto retornou ao sistema de aviação civil ao obter nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH)”. “Essa licença não dá autorização para realização de voos comerciais de passageiros”, finaliza a Anac.

A advogada Érica Rodrigues Zandoná, que representa o piloto, diz que “a defesa se resguarda o direito de não comentar até averiguar todos os fatos junto ao seu cliente”.

VÍDEO – Cor do helicóptero também atrapalha na busca, diz especialista

 





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