Duas pessoas foram presas nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal durante o cumprimento de mais uma fase da Operação Aboiz. Os suspeitos eram investigados pela prática de crimes de roubos de cargas e caminhões na região da Rodovia Anhanguera (SP-330), na região da Grande São Paulo.

De acordo com as autoridades, os dois suspeitos, após a realização dos roubos, aprisionavam e extorquiam as vítimas mediante sequestro.

Em um trabalho conjunto com a Polícia Militar do estado da Bahia, os agentes federais detiveram uma mulher na casa de familiares dela, na cidade de Queimadas, município do estado baiano. A suspeita havia fugido de São Paulo buscando não ser presa durante a deflagração da operação e desde então, era investigada.

O outro detido, um homem de 24 anos, foi localizado em Osasco, Região Metropolitana de São Paulo. Ele foi preso em flagrante enquanto participava de mais um roubo de carga e mantinha duas vítimas em cárcere privado.

As investigações da Operação Aboiz tiveram início ainda em outubro, após policiais federais obterem informações a respeito de um roubo de carga ocorrido na cidade de Valinhos, interior de São Paulo. Desde o crime, a operação se desencadeou com o objetivo de desarticular uma associação criminosa investigada por roubo de cargas e caminhões, e sequestros de caminhoneiros cometidos também em outros municípios dos estados de São Paulo e de Minas Gerais.

O grupo alvo da operação possuía um esquema próprio para atrair as vítimas, sempre vindas de outras cidades e estados. Quando chegavam a São Paulo, tendo acesso pelas principais rodovias do estado, as vítimas eram levadas até os criminosos através de um sistema elaborado de supostos serviços de fretes oferecidos via aplicativo de celular.

Durante a ação, as mulheres integrantes do grupo se passavam por funcionárias de empresas interessadas na contratação dos serviços de fretes e marcavam, por aplicativo, um ponto de encontro.

Ao chegarem ao local, os caminhoneiros eram recepcionados pelas supostas funcionárias. Em seguida, roubados e feito de reféns pelo grupo criminoso.

Rendidas, as vítimas eram levadas até um cativeiro. Nos esconderijos, eram obrigadas a realizarem saques e transferências via Pix para os indivíduos. Os suspeitos também gravavam vídeos das vítimas, como meio de extorsão, e enviava as gravações para os familiares delas exigindo altos valores para as libertarem.

A escolha pelo nome da operação, “Aboiz”, se deve a seu significado, “armadilha”, em referência a forma de atuação da associação criminosa.

As prisões efetuadas nesta quinta-feira (28) foram decretadas pela Justiça da Comarca do município de Valinhos, na Região Metropolitana de Campinas. Outros dois investigados da operação permanecem foragidos.



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