O Palácio do Planalto quer dar um caráter institucional ao ato que marcará um ano dos ataques de 8 de Janeiro. A estratégia, segundo interlocutores da Presidência, é demonstrar união entre os Poderes e, consequentemente, isolar o bolsonarismo.

Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam, no entanto, que o governo quer distância da polarização. Neste momento, o Planalto pretende acessar a parcela da população que não votou em Lula, mas estaria sensível a uma mudança de posição.

A cerimônia do 8 de Janeiro contará com uma sessão solene no Congresso Nacional. Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anteciparam a volta a Brasília para participar do ato. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e todos os ministros da Corte também devem comparecer.

Governadores e prefeitos das capitais também serão convidados a participar da solenidade, além de magistrados dos tribunais superiores.

Em entrevista à CNN, o ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, disse que o governo planeja o que chamou de “festa da democracia”.

“O presidente Lula tomou a iniciativa de fazer do dia oito um dia de festa. Será um evento realizado no Senado Federal, com a presença dos chefes dos Poderes, governadores, ministros, deputados, senadores, membros do STF e representantes da sociedade civil”, afirmou.

“No que diz respeito à segurança, estamos tomando todas as providências cabíveis com o governo do Distrito Federal – constitucionalmente responsável pela segurança dos prédios públicos – e temos feito monitoramento de inteligência diariamente. Até o momento, não há nada que indique algo fora do normal. Mesmo assim, estamos, sim, monitorando possíveis manifestações, não só em Brasília, mas também nas demais capitais. É um trabalho que não termina”, complementou.



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